por GUS KONDO
O primeiro cartaz de CHERRY (2021) foi divulgado com exclusividade pela revista "Variety", rapidamente viralizou e virou piada nas redes sociais. O motivo? ele continha um título quase ilegível e a frase “Best Picture”, que parecia deslocada na composição.
Diante disso, começaram as brincadeiras: CHERK?, SHREK?, CHER?, CHERRKK?. Teve até gente suspeitando que o título ilegível havia sido uma escolha consciente dos designers, numa tentativa de parecer “diferentão” (eu mesmo achei que era só uma decisão ruim de tipografia, quando o vi pela primeira vez).
A "Variety" logo percebeu o erro e apagou a imagem, após ela já ter viralizado. Mais tarde, eles tuitaram: "Pedimos desculpas pelo nosso erro na impressão digital do anúncio”. Aparentemente, houve um problema na hora de exportar e subir o arquivo digital.
No entanto, a versão com o título corrigido ainda estava errada, pois manteve o “Best Picture” perdido no pescoço do Tom Holland. Acontece que essa frase é uma marcação para os membros da Academia considerarem o filme na disputa a Melhor Filme no Oscar. Ou seja, trata-se de uma versão do pôster que não deveria ter sido divulgada, pois fazia parte da campanha interna de marketing do filme para as premiações.
Os próprios diretores acabaram brincando com o acontecido ao tuitarem “Merry Cherk-mas!”. Depois de certo tempo, a AppleTV+ finalmente divulgou a versão correta e definitiva do cartaz, ao lado de outras peças auxiliares.
GUS KONDO é designer gráfico para o cinema e criador do Cinelayer.
CHERRY
Diretores: Joe Russo e Anthony Russo
EUA, 2021, 140 min, 18 anos
ONDE VER